A socialização vai muito além da tecnologia

A socialização vai muito além da tecnologia

O genial designer John Maeda, presidente da Rhode Island School of Design, está num momento de revisão das suas expectativas em relação às mídias sociais, que ele viu nascer no MIT – Media Lab. É crítico das relações efêmeras que se criam no espaço digital. Nada, diz ele, substitui uma conversa cara a cara, olho no olho. Acredita que os líderes que vêm trabalhando num sistema sem controle centralizado, consensula, podem estar nostálgicos de uma hierarquia ordenada.

“Estar no mesmo lugar” comenta, “para conhecer um ao outro e ter partilhado experiências, cria laços que são muito mais difíceis de quebrar. De ver a reação de alguém em primeira mão depois de ouvir uma ideia – ou melhor ainda – a ouvi-los formar uma ideia própria, não pode acontecer de forma tão eficaz online”. Para John Maeda, o desafios na encruzilhada do futuro do presente é tornar os relacionamentos nascidos no mundo digital algo realmente impactante. É este o tema de um recente artigo dele para o Huffington Post. No vídeo abaixo (versão em português), ele fala do encontro do design com o computador.

Abaixo, o depoimento que ele me deu sobre como se informa no seu dia a dia.

Uso uma combinação de Flipboard e Twitter para me atualizar nas tendências, além do Google Alerts para reunir informações que possa estar monitorando. Sempre que surge um novo sistema – seja Currents ou Zite – eu o testo, que é mais uma maneira de manter-me atualizado sobre como devemos desenvolver novos sistemas para ficar à frente das coisas. 

No tocante a manter-me atualizado sobre assuntos não digitais, mantenho contato com os especialistas. Não há nada como sairmos do nosso mundo e falarmos com pessoas que vivem em uma cultura ou um setor diferente do nosso. A tecnologia de mídia social faz com que nos esqueçamos que a tecnologia não é imprescindível à nossa socialização.

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